Indústria oferece até 4 vagas para refugiados venezuelanos

Foto: Jean Pimentel (Diário Arquivo)

O grupo metalúrgico Agrimec resolveu abrir de 3 a 4 vagas de emprego para venezuelanos que estão chegando ao Estado, caso algum tenha interesse de vir trabalhar e morar em Santa Maria. Segundo o empresário Odilo Marion, o grupo não tem vagas de trabalho abertas no momento, mas está sensibilizado com o drama vivido pelos refugiados e abrirá essas oportunidades. As vagas são para o setor de produção, preferencialmente para quem tem experiência em metalurgia. Se não tiverem, irão trabalhar como ajudantes.

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Odilo conta que a Agrimec exportava muitas máquinas agrícolas para a Venezuela no passado, até que o então presidente Hugo Chávez começou a intervir demais na economia e fechou concessionárias de máquinas.

- Tinha muitas máquinas nossas na Venezuela, mas o Chávez expropriou (tomou posse) a revenda que comercializava nossas máquinas e deixou fechada. Fiquei sabendo que até agora há máquinas nossas depredadas paradas lá. A agricultura lá acabou. Não investiam, pois pensavam que o petróleo pagaria tudo. Esse era o caminho que o Brasil estava andando até há pouco. Chávez acabou com quem produzia, repartiu a riqueza, e a miséria está sendo repartida agora. Por isso, em solidariedade a essa gente, quero, de certo forma, ajudar oferecendo empregos - diz Marion.

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O primeiro grupo com 125 venezuelanos chegou ontem à noite e iria para Esteio. Ao todo, serão 646 refugiados da Venezuela, que irão para abrigos em Esteio e Canoas.